
Onde tu andas, amor meu, que te escondes assim de mim?Te procuro na alvorada, quando a manhã se descortina Corro atrás das nuvens imaculadasE não te encontro... estou em completo desatino. Vou abrindo as faixas do arco-írisOlhando uma uma,Tentando te descobrir nas cores deste corredor de paz.Da lua me debruço Querendo, em alguma estrela cadente, te achar.Feito um pássaro veloz volto pra terraEmpurro as ondas do mar Mergulho de cabeça no mais profundo dos abismosVou ao deserto, queimo meus olhos nas areias escaldantes de tanto olhar,quero, em algum oásis, te avistar. E nada, lá também tu não estás.Reviro as montanhas, as florestas, peço ajuda à Jane e ao Tarzan, subo em árvores, procuro até na casa de Robin Wood, vou às cidades, às vilas, ando nas periferias,mas parece que te evaporaste, não sei mais onde te buscar.Moída por esquadrinhar tantos lugaresDurmo no último raio de sol e...êpa, espere! Me deu um estalo iluminado!Olho pra dentro de mime te vejo lá, olhos piscando, arregalados, feliz, agarrado nas cordas do meu coração ritmado. Tu estavas o tempo todo dentro de mim...e eu, tola! A te procurar na imensidão do universo vazio de nós dois, à toa.O mundo só se torna concreto, pleno, pessoal, com o referencial do nosso amor sem igual.Poetisa das Marés, Sueli Amália...