Hoje organizei meus sonhos
em seqüências e prioridades.
Descartei amores duvidosos,
amores feitos de promessas,
camuflados sobre o manto
do amanhã que nunca acontece.
Por medo, covardia,
comodismo, insegurança
ou... sei lá!
Não quero mais enigmas
que devoram minhas expectativas
Nem a face enrugada da tristeza
refletida no meu espelho.
Quero recriar a canção da minha vida
em notas de alegria
E resgatar o projeto original
da menina que era
feliz e sabia.
Hoje eu disse adeus
às promessas vãs construídas
em séries
E abandonei as utopias
feitas em cerâmica que trincaram
Não mais emprestarei minha alma
a moldes disformes
Nem usarei as lágrimas
para umedecer o barro sem
arte.
Não quero o martírio de um paraíso
do outro lado do muro
Nem o mapa para que eu siga
pistas de potencial vitória.
Quero a felicidade beijando
minha boca com sofreguidão
E o amor presente fazendo
bagunça no meu coração...
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